terça-feira, 18 de novembro de 2014

Rui Barbosa, o Águia de Haia



De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)



Acervo FCRB
Rui Barbosa, o Águia de Haia

No rastro das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro, em março de 2015, o Blog #SouRio450, traz para divulgação, com foco no acervo da Fundação Casa de Rui Barbosa, um pequeno histórico de um grande homem.
Com a grafia oficial da Fundação, Rui, com i no lugar do y, como é comumente escrito, apresentamos a partir de agora uma singela homenagem ao político (senador e candidato à presidência da República), escritor, orador, etc.


Acervo FCRB

Rui Barbosa de Oliveira é um dos personagens mais conhecidos da história do Brasil. Nascido na Bahia, em 5 de novembro de 1849, fixou-se no Rio de Janeiro em 1879, ao ser eleito para a Assembleia Legislativa da Corte Imperial.

Ganhou prestígio como orador, jurista e jornalista defensor das liberdades civis e foi por duas vezes, candidato à Presidência da República.

Estudioso da língua portuguesa, presidiu a Academia Brasileira de Letras após a morte de Machado de Assis. Em 1907, representou o Brasil na Segunda Conferência Internacional da Paz em Haia e, já no final de sua vida, foi eleito Juiz daquela Corte Internacional.

A casa em que viveu de 1895 a 1923, ano de sua morte, foi adquirida em 1924, com todo o seu acervo pelo governo brasileiro. Desde 1930, é o Museu Casa de Rui Barbosa, que conserva os móveis e objetos da família, a biblioteca de Rui e sua extensa produção intelectual, reunida em arquivos.

Cabe à Fundação Casa de Rui Barbosa (http://www.casaruibarbosa.gov.br) administrar esse patrimônio, além de promover e publicar estudos e pesquisas sobre a atuação de seu patrono.

Os fatos principais relacionados à vida de Rui Barbosa estão registrados nesta cronologia, organizada para publicação no Jornal de Letras (1º caderno, agosto 1980, p. 4-5) por Rejane M. Moreira de A. Magalhães, pesquisadora da FCRB, e autora de Rui Barbosa: cronologia da vida e da obra.

Abaixo, transcrevemos os acontecimentos de 1849 a 1889 e, a seguir, os do período de 1890 até 1923, ano de sua morte, conforme consta na página da FCRB:


1849
5 de novembro - Nasce Rui Barbosa na então Rua dos Capitães (que depois passou a ter o seu nome), Freguesia da Sé, cidade do Salvador, Bahia. Filho de João José e Maria Adélia Barbosa de Oliveira.

1854
Inicia os estudos com o Professor Antônio Gentil Ibirapitanga, seguidor do método português de Antônio Feliciano de Castilho.

1861
Ingressa no Ginásio Baiano, do Dr. Abílio César Borges, depois Barão de Macaúbas.

1865
26 de novembro - Profere seu primeiro discurso na solenidade de distribuição de prêmios no Ginásio Baiano, ocasião em que recebe uma medalha de ouro, colocada em seu peito pelo Arcebispo Primaz da Bahia.
Estuda alemão, por decisão do pai, até atingir a idade mínima permitida para ingresso nos cursos superiores.

1866
Matricula-se na Faculdade de Direito do Recife.
Mora inicialmente no Mosteiro de São Bento (Olinda), mudando-se pouco depois para uma pensão inglesa no Recife, onde aproveita para praticar o inglês.
Toma parte em associações acadêmicas abolicionistas.

1867
16 de junho - Morre sua mãe.

1868
Transfere-se para a Faculdade de Direito de São Paulo. São seus contemporâneos: Joaquim Nabuco, Castro Alves, Rodrigues Alves, Afonso Pena e o futuro Barão do Rio Branco.
Estréia na imprensa, colaborando em O Ipiranga, O Independência e Imprensa Acadêmica.
13 de agosto - Pronuncia seu primeiro discurso político, saudando José Bonifácio, o Moço.

1869
Funda em São Paulo, com Luís Gama, Bernardino Pamplona, Benedito Ottoni e Américo de Moura, O Radical Paulistano.
12 de setembro - Pronuncia uma conferência abolicionista, "O elemento servil".

1870
28 de outubro - Recebe o grau de Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo.

1872
Inicia-se na advocacia (na Bahia), ao lado do conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas e Pedro Leão Veloso (pai).
Estréia no júri.
Passa a colaborar no Diário da Bahia, onde permanece até 1878.


1873
Viaja à Europa, para tratamento de saúde, lá permanecendo durante quatro meses.
Faz campanhas a favor da liberdade religiosa e da reforma eleitoral.

1874
2 de agosto - Pronuncia, no Teatro São João (Bahia), uma conferência sobre eleição direta.
28 de novembro - Morre seu pai, deixando muitas dívidas, saldadas pelo filho em dez anos de trabalho.

1875
Faz campanhas a favor dos escravos, e contra o alistamento militar obrigatório.

1876
21 de julho - Pronuncia um discurso sobre o conflito entre o Estado e a Igreja, na sede da Loja do Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Rio).
23 de novembro - Casa-se com Maria Augusta Viana Bandeira.

1877
É publicada a tradução de O Papa e o concílio, para a qual escreve um prefácio tão extenso quanto a própria obra.

1878
É eleito Deputado à Assembléia Legislativa Provincial da Bahia.

1879
Deputado à Assembléia Geral Legislativa da Corte.
17 de março - Pronuncia um discurso sobre a situação liberal, invocando os grandes mestres do parlamentarismo europeu.
16 de abril - Defende o Gabinete Sinimbu contra o ataque de Silveira Martins, então o maior orador parlamentar do País.

1880
Formula o projeto de eleição direta, conhecido como Lei Saraiva.

1881
8 de março - Nomeado membro do conselho Superior de Instrução Pública.
Aos dez anos da morte de Castro Alves, escreve "O elogio do poeta".

1882
Como relator da Comissão de Instrução Pública, elabora o projeto de reforma do ensino. Apresenta o parecer sobre o Ensino Secundário e Superior.
23 de novembro - Pronuncia, no Liceu de Artes e Ofícios, o discurso "O desenho e a arte industrial", no qual defende a idéia de que a base da industrialização está no aprendizado do desenho no ensino técnico.

1883
Elabora o projeto e apresenta o parecer sobre o Ensino Primário, onde se revela precursor da educação física, do ensino musical, do ensino do desenho e dos trabalhos manuais.

1884
31 de maio - Recebe do imperador o título de conselheiro, pelos serviços ao ensino.
Redige parecer e projeto de lei sobre a emancipação dos escravos (Lei dos Sexagenários).
Dezembro - Perde a reeleição para a Câmara do Império.

1885
Pronuncia uma série de conferências abolicionistas.

1886
É publicada a tradução e adaptação da obra didática Lições de coisas, de Norman A. Calkins.
Na sessão cívica, no Teatro São José, em São Paulo, pronuncia um discurso em homenagem à memória de José Bonifácio, o Moço.

1887
Redige, a pedido do Conselheiro Dantas, o Manifesto dos Generais (questão Militar).
Prossegue a campanha abolicionista.

1888
29 de abril - Pronuncia, no Teatro São João (Bahia), o discurso "Aos abolicionistas baianos".
13 de maio - É assinada a Lei Áurea.

1889
Como redator-chefe do Diário de Notícias, escreve uma série de artigos, vários deles defendendo a federação, os quais posteriormente são reunidos em livro, sob o título Queda do Império.
9 de junho - Recusa a Pasta do Império, no Gabinete Ouro Preto, por não figurar no seu programa o princípio federativo.
9 de novembro - No artigo "O plano contra a pátria", prega a necessidade da revolução.
11 de novembro - Reúne-se com os conspiradores em casa de Deodoro.
15 de novembro - É proclamada a República. Instala-se o Governo Provisório. Rui é nomeado Ministro da Fazenda e, interinamente, da Justiça. Redige os primeiros decretos da República.
31 de dezembro - É nomeado o Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório.




Acervo 


Se os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão internacional”.
(Rui Barbosa – A Revogação da Neutralidade Brasileira, 33).

1890
Ocupa-se da reforma bancária.
7 de janeiro - Apresenta o projeto de separação da Igreja do Estado - Decreto nº 119-A.
Redige o texto definitivo do Projeto da 1ª Constituição Republicana.
Eleito Senador pela primeira vez, como representante do seu Estado natal.
25 de maio - São-lhe concedidas honras de General-de-Brigada.
19 de dezembro - Defende e sustenta, no Congresso Constituinte, a Carta Magna.

1891
Janeiro - Apresenta o relatório da sua gestão no Ministério da Fazenda.
20 de janeiro - Apresenta a renúncia coletiva do Ministério.
24 de fevereiro - Promulgada a Constituição dos Estados Unidos do Brasil.


1892
20 de janeiro - Renuncia ao cargo de Senador.
23 de abril - Defende, perante o Supremo Tribunal Federal, o habeas corpus a favor dos presos políticos.
Publica O estado de sítio, sua natureza, seus efeitos, seus limites.
27 de junho - Reeleito Senador pela Bahia.

1893
7 de fevereiro - Viagem à Bahia, quando pronuncia o famoso discurso "Visita à terra natal".
21 de maio - Inicia uma série de artigos no Jornal do Brasil, combatendo a política de Floriano Peixoto.
6 de setembro - Em consequência de suas atitudes antes e durante a Revolta da Armada, é obrigado a refugiar-se na Legação do Chile. Tem início, então, o seu exílio. Consegue embarcar e parte para Buenos Aires.
24 de novembro - Seu título de General-de-Brigada é cassado por decreto de Floriano Peixoto, sob acusação de participação na Revolta da Armada.

1894
De Buenos Aires parte para Lisboa, Madri, Paris e finalmente Londres. A série de artigos, que desta cidade remete para o Jornal do Commércio, é posteriormente reunida em livro sob o título Cartas da Inglaterra.

1895
Junho - Regressa do exílio.
24 de agosto - Discursa no Senado sobre a Pacificação do Rio Grande do Sul.
30 de novembro - Banquete oferecido em sua homenagem pelo Jornal do Commércio.

1896
Ano de grande atividade jurídica: defende os magistrados postos em disponibilidade, os professores da Escola Politécnica, dá um parecer sobre o jogo da péla e prossegue na defesa dos presos políticos.
13 de outubro - Pronuncia no Senado um discurso respondendo às acusações feitas por César Zama.

1897
Recusa o convite de Manuel Vitorino, Vice-Presidente da República, para Ministro Plenipotenciário do Brasil na questão de limites com a Guiana Francesa.
24 a 26 de maio - Pronuncia na Bahia duas conferências sobre o Partido Republicano Conservador.
6 de novembro - Pronuncia, no Senado, um discurso sobre o atentado (ocorrido na véspera) contra Prudente de Morais, Presidente da República.
5 de dezembro - Na sessão secreta do Senado, faz uma declaração sobre o Tratado de Arbitramento para a fixação das fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa.

1898
14 de janeiro - Prudente de Morais restitui-lhe o título de General-de-Brigada.
26 de março - Defende perante o Supremo Tribunal Federal o habeas corpus que impetrara em favor dos desterrados para Fernando de Noronha, após o atentado contra o Presidente da República.
5 de outubro - Assume o cargo de redator-chefe do jornal A Imprensa, para o qual redige, durante dois anos e meio, editoriais quase que diários.


1899
Opõe-se francamente ao Governo Campos Sales.
Março - Critica a resolução do governo de elaborar o Código Civil.
:: Setembro - Analisa a visita do Presidente da Argentina, Júlio Roca.

1900
Através de artigos sucessivos em A Imprensa, defende a gestão financeira do Governo Provisório.

1901
Março - Deixa de redigir artigos para A Imprensa, cuja publicação é logo depois suspensa.

1902
Designado Presidente da Comissão Especial do Código Civil, no Senado.
3 de abril - Apresenta parecer-crítica sobre a redação do Projeto do Código Civil da Câmara.
26 de outubro - Aparecem as Ligeiras Observações sobre as emendas do Dr. Rui Barbosa ao projeto do Código Civil, pelo Professor Carneiro Ribeiro. É o início da polêmica filológica conhecida como Réplica.

1903
Integra a representação brasileira na questão de limites entre o Brasil e a Bolívia, a convite do Barão do Rio Branco. Pouco depois, exonera-se por não concordar com o arbitramento.
Paraninfo dos bacharéis em Ciências e Letras do Colégio Anchieta (de Nova Friburgo), pronuncia um importante discurso, que representa uma profissão de fé cristã.

1904
Defende perante o Supremo Tribunal Federal o Estado do Rio Grande do Norte na questão de limites com o Ceará.
Combate a campanha pró-vacinação obrigatória.
16 de novembro - Discursa no Senado sobre a Revolta das Escolas Militares, associando-se aos protestos populares.

1905
Renovado o seu mandato de Senador pela Bahia.
É candidato à Presidência da República.
1º de setembro - No Manifesto à Nação indica os nomes de Afonso Pena e Nilo Peçanha, respectivamente, para Presidente e Vice-Presidente da República.

1906
25 de maio - Por motivo de saúde, recusa o convite do Barão do Rio Branco para representar o Brasil na Terceira Conferência Pan-Americana.
22 de outubro - Eleito Vice-Presidente do Senado, toma posse três dias depois.

1907 (veja cronologia de Rui em Haia)
Indicado pelo Correio da Manhã para representar o Brasil na Segunda Conferência da Paz, a se realizar em Haia.
27 de fevereiro - É convidado oficialmente, para essa missão, pelo Barão do Rio Branco.
28 de março - Aceita o convite.
29 de abril - Por decreto do Presidente Afonso Pena, é nomeado Embaixador Extraordinário, Ministro Plenipotenciário e Delegado do Brasil.
5 de maio - Parte para a Europa, a bordo do Araguaia.
15 de junho - Abertura da Conferência, no Palácio Binnenhof.
Indicado Presidente de Honra da 1ª Comissão.
12 de julho - Réplica a De Martens, Delegado Plenipotenciário da Rússia.
5 de outubro - Impasse na conferência, criado pela tese de que todos os Estados são iguais perante a ordem jurídica internacional. Para a sua solução foi criado um grupo, do qual fez parte Rui Barbosa, conhecido como "Os Sete Sábios".
18 de outubro - Encerramento da Conferência.
31 de outubro - Manifestação dos brasileiros em Paris.
29 de dezembro - Manifestação popular na Bahia.

1908
Janeiro - Manifestação popular no Rio, sendo orador Coelho Neto.
7 de maio - Reeleição Vice-Presidente do Senado.
17 de maio - Recusa prêmio pecuniário pelos trabalhos em Haia.
29 de setembro - Pronuncia, em nome da Academia Brasileira de Letras, o "Adeus a Machado de Assis".
3 de outubro - Eleito Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a Machado de Assis.
15 de novembro - Recebe do Presidente Afonso Pena medalha de ouro pelos trabalhos na Conferência da Paz.

1909
23 de junho - Renuncia à Vice-Presidência do Senado.
Inicia a Campanha civilista (2ª candidatura à Presidência da República).
17 de maio - Saúda Anatole France em nome da Academia Brasileira de Letras.
Agosto - É proclamado candidato à Presidência da República, na Convenção Nacional.
Excursão eleitoral ao Estado de São Paulo.

1910
Excursão eleitoral aos Estados da Bahia e Minas Gerais.
1º de março - Apresenta ao Congresso Nacional uma Memória, contestando a apuração da eleição para Presidente e Vice-Presidente da República.
Hermes da Fonseca é declarado eleito. Rui lhe faz sistemática oposição.
Publica os dois volumes de O Direito do Amazonas ao Acre Setentrional.

1911
10 e 13 de dezembro - Discursa no Senado sobre a intervenção em Pernambuco.


1912
Janeiro e fevereiro - Combatendo os atos do Governo Federal contra a Bahia, escreve vários artigos jornalísticos e impetra diversos habeas corpus em favor de Aurélio Viana (Governador do Estado) e outros.

1913
26 de julho - Terceira candidatura à Presidência da República, levantada pela Convenção Nacional.
Setembro - Discurso no Senado sobre o bombardeio de Manaus e a intervenção no Estado do Amazonas.
28 de dezembro - Através de um Manifesto à nação, renuncia à candidatura à Presidência da República.

1914
20 de fevereiro - Responde às acusações do Senador Gabriel Salgado (A esfola da calúnia).
24 de maio - discursa no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas. Em um trecho desse discurso Rui fala no "Espetáculo da volta das andorinhas".
Deflagrada a Primeira guerra Mundial, toma posição a favor dos aliados.

1915
Janeiro - Reeleito Senador pela Bahia.
9 de setembro - Ofício ao Senado, expressando pesar pelo assassinato, na véspera, de Pinheiro Machado.

1916
10 de junho - Por decreto do Presidente Venceslau Brás, é nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário para representar o Brasil no Primeiro Centenário da Independência Argentina.
14 de julho - Pronuncia na Faculdade de Direito de Buenos Aires a Conferência Conceitos modernos de Direito Internacional, conhecida como O dever dos neutros.
17 de setembro - Pronuncia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro uma conferência sobre a guerra.

1917
17 de março - Pronuncia no Teatro de Petrópolis conferência a favor dos aliados.
26 de outubro - Discursa no Senado sobre a declaração de guerra à Alemanha.

1918
11 de agosto - Início das comemorações do seu jubileu cívico. Discursa na missa campal realizada no Campo de São Cristóvão (Rio de Janeiro).
12 de agosto - Discursa na Biblioteca Nacional, onde foi saudado por Constâncio Alves.
13 de agosto - Discursa na manifestação popular realizada no Teatro São Pedro de Alcântara.
Recebe do Ministro da França, Paul Claudel, as insígnias de Grande Oficial da Legião de Honra; do representante da Bélgica, a Grã-Cruz da Ordem da Coroa.
3 de dezembro - Recusa o convite do Presidente Rodrigues Alves para chefiar a Delegação Brasileira ao Congresso da Paz, em Versalhes.

1919
Quarta candidatura à Presidência da República.
20 de março - Pronuncia no Teatro Lírico (Rio) a conferência "A questão social e política no Brasil".
8 de maio - Desliga-se da Academia Brasileira de Letras.
6 de setembro - É convidado pelo Presidente Epitácio Pessoa para representar o Brasil na Liga das Nações.
Novembro e dezembro - Excursiona pelo Estado da Bahia, apoiando a candidatura Paulo Fontes ao governo do Estado.

1920
Recusa o convite para a Liga das Nações.
Fevereiro, março e abril - Escreve uma série de artigos jornalísticos contra o Governo Federal, que, reunidos, são publicados sob o título O artigo 6º da Constituição e a intervenção de 1920 na Bahia.

1921
Março - Paraninfo dos bacharéis pela Faculdade de Direito de São Paulo. Redige a Oração aos Moços, talvez sua mais bela peça oratória, lida pelo Professor Reinaldo Porchat.
5 de junho - Reeleito Senador pela Bahia.
29 de julho - Reassume a cadeira de Senador.
14 de setembro - Eleito juiz da corte Permanente de Justiça Internacional de Haia.

1922
18 de agosto - Sofre um edema pulmonar, complicado com sintomas de uremia.
Setembro - Recebe a Grã Cruz da Ordem de S. Tiago, das mãos do Presidente de Portugal, Antônio José de Almeida, em visita oficial ao Brasil.

1923
11 de janeiro - Redige em Petrópolis um "Manifesto à Bahia".
27 de fevereiro - É vítima de paralisia bulbar.
1º de março (tarde) - Morre em Petrópolis. São-lhe concedidas honras de Chefe de Estado. O corpo é velado na Biblioteca Nacional e enterrado no Cemitério de São João Batista, com grande acompanhamento popular, em 4 de março.

Epitáfio escrito pelo próprio Rui Barbosa para ser colocado em seu túmulo:
Estremeceu a Justiça; viveu no Trabalho; e não perdeu o Ideal”.

1949
Os restos mortais de Rui são transferidos, no seu centenário, do Rio de Janeiro para o Fórum Rui Barbosa, em Salvador, Bahia.


Sobre o Acervo



O acervo que pertenceu a Rui Barbosa compreende, além de sua imensa e preciosa biblioteca, mantida no local original, seu arquivo documental sob a guarda do Arquivo, peças de mobiliário, objetos decorativos e de uso pessoal, e ainda viaturas.

Rui cuidava pessoalmente da decoração da casa, que demonstrava a forte influência européia. Objetos e móveis trazidos das suas viagens somavam-se aos objetos adquiridos nos famosos magazines da cidade, como Mappin & Webb, Casa Leonardos e Loja América e China.










Retrato de uma época

Os ambientes do Museu permaneceram basicamente fiéis aos da casa, quando ocupada por seu último proprietário. As pinturas, os lustres, tapetes e móveis oferecem ao visitante uma visão do que era, na época, a residência de uma família da classe média urbana em formação na sociedade brasileira.






A decoração interior traduz o ecletismo que dominou as artes no Brasil no final do século XIX e início do XX, como reflexo de uma sociedade em transformação. Ela pode ser apreciada através de uma visita virtual.






O automóvel Bens de Rui, placa 833, é um modelo especial, idêntico ao fabricado para
o Príncipe da Baviera e tinha as iniciais RB gravadas nas portas


Sobre a Fundação


Entrada da Casa Rui Barbosa. Ao fundo passagem para área de lazer muito
 utilizada por idosos e por babás que levam crianças para brincadeiras 

A Fundação terá como finalidade o desenvolvimento da cultura, da pesquisa e do ensino cumprindo-lhe, especialmente, a divulgação e o culto da obra e da vida de Rui Barbosa (Lei 4.943, art 4º). A FCRB oferece um espaço reservado ao trabalho intelectual, à consulta de livros e documentos e à preservação da memória nacional. Conheça suas atividades relacionadas à preservação e divulgação do legado de Rui Barbosa e à formação, conservação e difusão de acervos bibliográficos, documentais e arquitetônicos, com o apoio de laboratórios técnicos. Conheça também os estudos e pesquisas (estudos ruianos, de política cultural, história, direito e filologia e em cultura brasileira em geral).



A Fundação Casa de Rui Barbosa está situada em uma das poucas áreas verdes do bairro de Botafogo, com cerca de 9.000 m², entre as ruas Bambina e Barão de Lucena, próxima à estação Botafogo do Metrô. Os visitantes têm à disposição estacionamento gratuito.

Fundação Casa de Rui Barbosa
Rua São Clemente, 134
Botafogo 22260-000
Rio de Janeiro, RJ
Tel.: 21 3289-4600

A sede da Fundação está aberta ao público de 2ª a 6ª feira, das 9 às 18h, mas alguns de seus setores oferecem horários próprios:

Jardim: Diariamente das 8 às 18h.

Museu: de 3ª a 6ª feira, das 10 às 17h30. Na última 3ª feira do mês aberto até as 20h Aos sábados, domingos e feriados das 14 às 18h, com a última entrada 30 minutos antes do fechamento. A taxa de ingresso é R$ 2,00. Menores de 10 anos e maiores de 65 anos não pagam ingresso. Entrada franca aos domingos. Veja o calendário de funcionamento do museu.

Biblioteca e arquivos: 2ª a 6ª feira, das 9 às 18h, com a última entrada 45 minutos antes do fechamento.

Biblioteca infantil: 2ª a 6ª feira, das 9h30 às 12h e das 14 às 17h.
Eventos culturais: Os horários da programação devem ser confirmados em agenda de eventos.


Nota: Dados e fotos (charges) retirados do site da Fundação Casa de Rui Barbosa (Clique aqui).
Wikipédia, pensador.uol

Por Luiz Augusto Moura

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