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| O antigo Circo Voador e seus criadores |
Figura importante no cenário cultural e musical carioca, o Circo Voador tem sua história contada através do documentário “A Farra do Circo”. Filmado em Super-8 e VHS nos anos 80 pelo cineasta Roberto Berliner, o rico material mostra em imagens inéditas a criação do espaço, desde o verão de 1982 no Arpoador, até a viagem para a Copa do Mundo no México, em 1986. A história começa quando cerca de 200 artistas do teatro, música, poesia e dança ergueram uma lona no Arpoador, no verão de 1982. Um episódio que mudou os rumos da produção cultural no Brasil.
O documentário foi dirigido por Berliner em parceria com Pedro Bronz, sem narração ou depoimentos recentes, todo pautado nas imagens originais, além de gravações concedidas por acervos externos. A qualidade das imagens, tornadas obsoletas pelo tempo, se torna estética, além de um ingrediente a mais. A Farra do Circo é tomada pela impressão nostálgica de que o telespectador entrou em uma máquina do tempo e mergulhou na plateia de uma apresentação.
O resultado é uma hora e meia de registros das memórias. Quase sem cortes, a dupla de diretores faz um percurso emocional pelos anos mais loucos e rebeldes da casa mais juvenil da cidade, levando ao telespectador uma experiência semipresencial do que era o Circo daqueles primeiros anos. Com a câmera na mão, em ângulos duvidosos, Berliner se torna os olhos de quem assiste, e de certo modo, o coração, ao despertar uma nostalgia sem fim mesmo para quem não viveu a época. “O filme fala de uma geração e de uma maneira revolucionária de se fazer cultura no Brasil. A atmosfera anárquica, experimental e de vanguarda que o filme oferece. Infelizmente, parece distante da realidade da arte e da cultura que se vive hoje. A Farra do Circo nos faz lembrar que esta é uma vivência que não pode ser esquecida e, conforme flui o motor da história, também não pode parar”, diz o diretor Roberto Berliner.
No Circo se apresentaram artistas e grupos no início de carreira como Barão Vermelho, Blitz, Chacal, Coringa, Manhas e Manias. Os já consagrados também subiram no palco do espaço, como Caetano Veloso, Martinho da Vila, Serguei, Severino Araújo - que fazia a Domingueira Voadora com sua orquestra, Dercy Gonçalves, Chacrinha e muitos outros.
A “farra” no título se refere ao espetáculo “A Farra da Terra”, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, cujos integrantes - Perfeito Fortuna, Regina Casé, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita e Luiz Fernando Guimarães - contribuíram para o sucesso do Circo.
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| Asdrúbal trouxe o trombone, com Patrícia Travassos e Regina Casé |
O resultado é uma hora e meia de registros das memórias. Quase sem cortes, a dupla de diretores faz um percurso emocional pelos anos mais loucos e rebeldes da casa mais juvenil da cidade, levando ao telespectador uma experiência semipresencial do que era o Circo daqueles primeiros anos. Com a câmera na mão, em ângulos duvidosos, Berliner se torna os olhos de quem assiste, e de certo modo, o coração, ao despertar uma nostalgia sem fim mesmo para quem não viveu a época. “O filme fala de uma geração e de uma maneira revolucionária de se fazer cultura no Brasil. A atmosfera anárquica, experimental e de vanguarda que o filme oferece. Infelizmente, parece distante da realidade da arte e da cultura que se vive hoje. A Farra do Circo nos faz lembrar que esta é uma vivência que não pode ser esquecida e, conforme flui o motor da história, também não pode parar”, diz o diretor Roberto Berliner.
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| Circo reconstruído em 2004 |
No Circo se apresentaram artistas e grupos no início de carreira como Barão Vermelho, Blitz, Chacal, Coringa, Manhas e Manias. Os já consagrados também subiram no palco do espaço, como Caetano Veloso, Martinho da Vila, Serguei, Severino Araújo - que fazia a Domingueira Voadora com sua orquestra, Dercy Gonçalves, Chacrinha e muitos outros.
A “farra” no título se refere ao espetáculo “A Farra da Terra”, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, cujos integrantes - Perfeito Fortuna, Regina Casé, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita e Luiz Fernando Guimarães - contribuíram para o sucesso do Circo.
Ficou curioso? Assista o trailer:
Sobre o Circo
O Circo Voador localiza-se no bairro da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Inaugurado em outubro de 1982, foi fechado em 1996 e reaberto em 2004. O Circo Voador teve seu primeiro endereço na praia do Arpoador, em Ipanema. Em janeiro de 1982, sua lona azul e branca foi levantada pela primeira vez. Fruto do anseio de uma enorme onda de artistas carentes de espaço para atingir o grande público, o Circo foi a grande alavanca para muitos grupos. O espaço conta com capacidade para 2.800 pessoas em seus três mil metros quadrados. Para o público, o Circo disponibiliza uma larga pista, arquibancada com acesso por rampas, além da área dos bares e do telão. Seu palco mede 12m por 7,8m e já foi cenário de grandes shows na cidade do Rio de Janeiro. Além de palco para shows e festas, o Circo Voador também promove atividades voltadas para a educação e cultura. Durante os dias da semana, a Escola Livre de Artes (ELA) administra cursos livres dos mais variados, como percussão, canto, instrumentos, pintura, dança e etc.
Por Amanda Laynes
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