“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
Acervo FCRB
Rui Barbosa, o Águia de Haia |
No rastro das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro, em março de 2015, o Blog #SouRio450, traz para divulgação, com foco no acervo da Fundação Casa de Rui Barbosa, um pequeno histórico de um grande homem.
Acervo FCRB |
Rui Barbosa de Oliveira é
um dos personagens mais conhecidos da história do Brasil. Nascido na
Bahia, em 5 de novembro de 1849, fixou-se no Rio de Janeiro em 1879,
ao ser eleito para a Assembleia Legislativa da Corte Imperial.
Ganhou prestígio como
orador, jurista e jornalista defensor das liberdades civis e foi por
duas vezes, candidato à Presidência da República.
Estudioso da língua
portuguesa, presidiu a Academia Brasileira de Letras após a morte de
Machado de Assis. Em 1907, representou o Brasil na Segunda
Conferência Internacional da Paz em Haia e, já no final de sua
vida, foi eleito Juiz daquela Corte Internacional.
A casa em que viveu de
1895 a 1923, ano de sua morte, foi adquirida em 1924, com todo o seu
acervo pelo governo brasileiro. Desde 1930, é o Museu Casa
de Rui Barbosa, que conserva os móveis e
objetos da família, a biblioteca de Rui e sua extensa produção
intelectual, reunida em arquivos.
Cabe à Fundação
Casa de Rui Barbosa (http://www.casaruibarbosa.gov.br)
administrar esse patrimônio, além de promover e publicar
estudos e pesquisas sobre a atuação de seu patrono.
Os fatos principais
relacionados à vida de Rui Barbosa estão registrados nesta
cronologia, organizada para publicação no Jornal de Letras (1º
caderno, agosto 1980, p. 4-5) por Rejane M. Moreira
de A. Magalhães, pesquisadora da FCRB, e
autora de Rui Barbosa: cronologia da vida e da obra.
Abaixo, transcrevemos os
acontecimentos de 1849 a 1889 e, a seguir, os do período de 1890 até
1923, ano de sua morte, conforme consta na página da FCRB:
1849
5 de novembro - Nasce Rui
Barbosa na então Rua dos Capitães (que depois passou a ter o seu
nome), Freguesia da Sé, cidade do Salvador, Bahia. Filho de João
José e Maria Adélia Barbosa de Oliveira.
1854
Inicia os estudos com o
Professor Antônio Gentil Ibirapitanga, seguidor do método português
de Antônio Feliciano de Castilho.
1861
Ingressa no Ginásio
Baiano, do Dr. Abílio César Borges, depois Barão de Macaúbas.
1865
26 de novembro - Profere
seu primeiro discurso na solenidade de distribuição de prêmios no
Ginásio Baiano, ocasião em que recebe uma medalha de ouro, colocada
em seu peito pelo Arcebispo Primaz da Bahia.
Estuda alemão, por
decisão do pai, até atingir a idade mínima permitida para ingresso
nos cursos superiores.
1866
Matricula-se na Faculdade
de Direito do Recife.
Mora inicialmente no
Mosteiro de São Bento (Olinda), mudando-se pouco depois para uma
pensão inglesa no Recife, onde aproveita para praticar o inglês.
Toma parte em associações
acadêmicas abolicionistas.
1867
16 de junho - Morre sua
mãe.
1868
Transfere-se para a
Faculdade de Direito de São Paulo. São seus contemporâneos:
Joaquim Nabuco, Castro Alves, Rodrigues Alves, Afonso Pena e o futuro
Barão do Rio Branco.
Estréia na imprensa,
colaborando em O Ipiranga, O Independência e Imprensa Acadêmica.
13 de agosto - Pronuncia
seu primeiro discurso político, saudando José Bonifácio, o Moço.
1869
Funda em São Paulo, com
Luís Gama, Bernardino Pamplona, Benedito Ottoni e Américo de Moura,
O Radical Paulistano.
12 de setembro -
Pronuncia uma conferência abolicionista, "O elemento servil".
1870
28 de outubro - Recebe o
grau de Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo.
1872
Inicia-se na advocacia
(na Bahia), ao lado do conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas e
Pedro Leão Veloso (pai).
Estréia no júri.
Passa a colaborar no
Diário da Bahia, onde permanece até 1878.
1873
Viaja à Europa, para
tratamento de saúde, lá permanecendo durante quatro meses.
Faz campanhas a favor da
liberdade religiosa e da reforma eleitoral.
1874
2 de agosto - Pronuncia,
no Teatro São João (Bahia), uma conferência sobre eleição
direta.
28 de novembro - Morre
seu pai, deixando muitas dívidas, saldadas pelo filho em dez anos de
trabalho.
1875
Faz campanhas a favor dos
escravos, e contra o alistamento militar obrigatório.
1876
21 de julho - Pronuncia
um discurso sobre o conflito entre o Estado e a Igreja, na sede da
Loja do Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Rio).
23 de novembro - Casa-se
com Maria Augusta Viana Bandeira.
1877
É publicada a tradução
de O Papa e o concílio, para a qual escreve um prefácio tão
extenso quanto a própria obra.
1878
É eleito Deputado à
Assembléia Legislativa Provincial da Bahia.
1879
Deputado à Assembléia
Geral Legislativa da Corte.
17 de março - Pronuncia
um discurso sobre a situação liberal, invocando os grandes mestres
do parlamentarismo europeu.
16 de abril - Defende o
Gabinete Sinimbu contra o ataque de Silveira Martins, então o maior
orador parlamentar do País.
1880
Formula o projeto de
eleição direta, conhecido como Lei Saraiva.
1881
8 de março - Nomeado
membro do conselho Superior de Instrução Pública.
Aos dez anos da morte de
Castro Alves, escreve "O elogio do poeta".
1882
Como relator da Comissão
de Instrução Pública, elabora o projeto de reforma do ensino.
Apresenta o parecer sobre o Ensino Secundário e Superior.
23 de novembro -
Pronuncia, no Liceu de Artes e Ofícios, o discurso "O desenho e
a arte industrial", no qual defende a idéia de que a base da
industrialização está no aprendizado do desenho no ensino técnico.
1883
Elabora o projeto e
apresenta o parecer sobre o Ensino Primário, onde se revela
precursor da educação física, do ensino musical, do ensino do
desenho e dos trabalhos manuais.
1884
31 de maio - Recebe do
imperador o título de conselheiro, pelos serviços ao ensino.
Redige parecer e projeto
de lei sobre a emancipação dos escravos (Lei dos Sexagenários).
Dezembro - Perde a
reeleição para a Câmara do Império.
1885
Pronuncia uma série de
conferências abolicionistas.
1886
É publicada a tradução
e adaptação da obra didática Lições de coisas, de Norman A.
Calkins.
Na sessão cívica, no
Teatro São José, em São Paulo, pronuncia um discurso em homenagem
à memória de José Bonifácio, o Moço.
1887
Redige, a pedido do
Conselheiro Dantas, o Manifesto dos Generais (questão Militar).
Prossegue a campanha
abolicionista.
1888
29 de abril - Pronuncia,
no Teatro São João (Bahia), o discurso "Aos abolicionistas
baianos".
13 de maio - É assinada
a Lei Áurea.
1889
Como redator-chefe do
Diário de Notícias, escreve uma série de artigos, vários deles
defendendo a federação, os quais posteriormente são reunidos em
livro, sob o título Queda do Império.
9 de junho - Recusa a
Pasta do Império, no Gabinete Ouro Preto, por não figurar no seu
programa o princípio federativo.
9 de novembro - No artigo
"O plano contra a pátria", prega a necessidade da
revolução.
11 de novembro - Reúne-se
com os conspiradores em casa de Deodoro.
15 de novembro - É
proclamada a República. Instala-se o Governo Provisório. Rui é
nomeado Ministro da Fazenda e, interinamente, da Justiça. Redige os
primeiros decretos da República.
31 de dezembro - É
nomeado o Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório.
“Se
os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do
seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele
a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes
desconheça o caráter de entidades dignas de existência na comunhão
internacional”.
(Rui
Barbosa – A Revogação da Neutralidade Brasileira, 33).
1890
Ocupa-se da reforma
bancária.
7 de janeiro - Apresenta
o projeto de separação da Igreja do Estado - Decreto nº 119-A.
Redige o texto definitivo
do Projeto da 1ª Constituição Republicana.
Eleito Senador pela
primeira vez, como representante do seu Estado natal.
25 de maio - São-lhe
concedidas honras de General-de-Brigada.
19 de dezembro - Defende
e sustenta, no Congresso Constituinte, a Carta Magna.
1891
Janeiro - Apresenta o
relatório da sua gestão no Ministério da Fazenda.
20 de janeiro - Apresenta
a renúncia coletiva do Ministério.
24 de fevereiro -
Promulgada a Constituição dos Estados Unidos do Brasil.
1892
20 de janeiro - Renuncia
ao cargo de Senador.
23 de abril - Defende,
perante o Supremo Tribunal Federal, o habeas corpus a favor dos
presos políticos.
Publica O estado de
sítio, sua natureza, seus efeitos, seus limites.
27 de junho - Reeleito
Senador pela Bahia.
1893
7 de fevereiro - Viagem à
Bahia, quando pronuncia o famoso discurso "Visita à terra
natal".
21 de maio - Inicia uma
série de artigos no Jornal do Brasil, combatendo a política de
Floriano Peixoto.
6 de setembro - Em
consequência de suas atitudes antes e durante a Revolta da Armada, é
obrigado a refugiar-se na Legação do Chile. Tem início, então, o
seu exílio. Consegue embarcar e parte para Buenos Aires.
24 de novembro - Seu
título de General-de-Brigada é cassado por decreto de Floriano
Peixoto, sob acusação de participação na Revolta da Armada.
1894
De Buenos Aires parte
para Lisboa, Madri, Paris e finalmente Londres. A série de artigos,
que desta cidade remete para o Jornal do Commércio, é
posteriormente reunida em livro sob o título Cartas da Inglaterra.
1895
Junho - Regressa do
exílio.
24 de agosto - Discursa
no Senado sobre a Pacificação do Rio Grande do Sul.
30 de novembro - Banquete
oferecido em sua homenagem pelo Jornal do Commércio.
1896
Ano de grande atividade
jurídica: defende os magistrados postos em disponibilidade, os
professores da Escola Politécnica, dá um parecer sobre o jogo da
péla e prossegue na defesa dos presos políticos.
13 de outubro - Pronuncia
no Senado um discurso respondendo às acusações feitas por César
Zama.
1897
Recusa o convite de
Manuel Vitorino, Vice-Presidente da República, para Ministro
Plenipotenciário do Brasil na questão de limites com a Guiana
Francesa.
24 a 26 de maio -
Pronuncia na Bahia duas conferências sobre o Partido Republicano
Conservador.
6 de novembro -
Pronuncia, no Senado, um discurso sobre o atentado (ocorrido na
véspera) contra Prudente de Morais, Presidente da República.
5 de dezembro - Na sessão
secreta do Senado, faz uma declaração sobre o Tratado de
Arbitramento para a fixação das fronteiras do Brasil com a Guiana
Francesa.
1898
14 de janeiro - Prudente
de Morais restitui-lhe o título de General-de-Brigada.
26 de março - Defende
perante o Supremo Tribunal Federal o habeas corpus que impetrara em
favor dos desterrados para Fernando de Noronha, após o atentado
contra o Presidente da República.
5 de outubro - Assume o
cargo de redator-chefe do jornal A Imprensa, para o qual redige,
durante dois anos e meio, editoriais quase que diários.
1899
Opõe-se francamente ao
Governo Campos Sales.
Março - Critica a
resolução do governo de elaborar o Código Civil.
:: Setembro - Analisa a
visita do Presidente da Argentina, Júlio Roca.
1900
Através de artigos
sucessivos em A Imprensa, defende a gestão financeira do Governo
Provisório.
1901
Março - Deixa de redigir
artigos para A Imprensa, cuja publicação é logo depois suspensa.
1902
Designado Presidente da
Comissão Especial do Código Civil, no Senado.
3 de abril - Apresenta
parecer-crítica sobre a redação do Projeto do Código Civil da
Câmara.
26 de outubro - Aparecem
as Ligeiras Observações sobre as emendas do Dr. Rui Barbosa ao
projeto do Código Civil, pelo Professor Carneiro Ribeiro. É o
início da polêmica filológica conhecida como Réplica.
1903
Integra a representação
brasileira na questão de limites entre o Brasil e a Bolívia, a
convite do Barão do Rio Branco. Pouco depois, exonera-se por não
concordar com o arbitramento.
Paraninfo dos bacharéis
em Ciências e Letras do Colégio Anchieta (de Nova Friburgo),
pronuncia um importante discurso, que representa uma profissão de fé
cristã.
1904
Defende perante o Supremo
Tribunal Federal o Estado do Rio Grande do Norte na questão de
limites com o Ceará.
Combate a campanha
pró-vacinação obrigatória.
16 de novembro - Discursa
no Senado sobre a Revolta das Escolas Militares, associando-se aos
protestos populares.
1905
Renovado o seu mandato de
Senador pela Bahia.
É candidato à
Presidência da República.
1º de setembro - No
Manifesto à Nação indica os nomes de Afonso Pena e Nilo Peçanha,
respectivamente, para Presidente e Vice-Presidente da República.
1906
25 de maio - Por motivo
de saúde, recusa o convite do Barão do Rio Branco para representar
o Brasil na Terceira Conferência Pan-Americana.
22 de outubro - Eleito
Vice-Presidente do Senado, toma posse três dias depois.
1907 (veja
cronologia de Rui em Haia)
Indicado pelo Correio da
Manhã para representar o Brasil na Segunda Conferência da Paz, a se
realizar em Haia.
27 de fevereiro - É
convidado oficialmente, para essa missão, pelo Barão do Rio Branco.
28 de março - Aceita o
convite.
29 de abril - Por decreto
do Presidente Afonso Pena, é nomeado Embaixador Extraordinário,
Ministro Plenipotenciário e Delegado do Brasil.
5 de maio - Parte para a
Europa, a bordo do Araguaia.
15 de junho - Abertura da
Conferência, no Palácio Binnenhof.
Indicado Presidente de
Honra da 1ª Comissão.
12 de julho - Réplica a
De Martens, Delegado Plenipotenciário da Rússia.
5 de outubro - Impasse na
conferência, criado pela tese de que todos os Estados são iguais
perante a ordem jurídica internacional. Para a sua solução foi
criado um grupo, do qual fez parte Rui Barbosa, conhecido como "Os
Sete Sábios".
18 de outubro -
Encerramento da Conferência.
31 de outubro -
Manifestação dos brasileiros em Paris.
29 de dezembro -
Manifestação popular na Bahia.
1908
Janeiro - Manifestação
popular no Rio, sendo orador Coelho Neto.
7 de maio - Reeleição
Vice-Presidente do Senado.
17 de maio - Recusa
prêmio pecuniário pelos trabalhos em Haia.
29 de setembro -
Pronuncia, em nome da Academia Brasileira de Letras, o "Adeus a
Machado de Assis".
3 de outubro - Eleito
Presidente da Academia Brasileira de Letras, em substituição a
Machado de Assis.
15 de novembro - Recebe
do Presidente Afonso Pena medalha de ouro pelos trabalhos na
Conferência da Paz.
1909
23 de junho - Renuncia à
Vice-Presidência do Senado.
Inicia a Campanha
civilista (2ª candidatura à Presidência da República).
17 de maio - Saúda
Anatole France em nome da Academia Brasileira de Letras.
Agosto - É proclamado
candidato à Presidência da República, na Convenção Nacional.
Excursão eleitoral ao
Estado de São Paulo.
1910
Excursão eleitoral aos
Estados da Bahia e Minas Gerais.
1º de março - Apresenta
ao Congresso Nacional uma Memória, contestando a apuração da
eleição para Presidente e Vice-Presidente da República.
Hermes da Fonseca é
declarado eleito. Rui lhe faz sistemática oposição.
Publica os dois volumes
de O Direito do Amazonas ao Acre Setentrional.
1911
10 e 13 de dezembro -
Discursa no Senado sobre a intervenção em Pernambuco.
1912
Janeiro e fevereiro -
Combatendo os atos do Governo Federal contra a Bahia, escreve vários
artigos jornalísticos e impetra diversos habeas corpus em favor de
Aurélio Viana (Governador do Estado) e outros.
1913
26 de julho - Terceira
candidatura à Presidência da República, levantada pela Convenção
Nacional.
Setembro - Discurso no
Senado sobre o bombardeio de Manaus e a intervenção no Estado do
Amazonas.
28 de dezembro - Através
de um Manifesto à nação, renuncia à candidatura à Presidência
da República.
1914
20 de fevereiro -
Responde às acusações do Senador Gabriel Salgado (A esfola da
calúnia).
24 de maio - discursa no
Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas. Em um trecho desse
discurso Rui fala no "Espetáculo da volta das andorinhas".
Deflagrada a Primeira
guerra Mundial, toma posição a favor dos aliados.
1915
Janeiro - Reeleito
Senador pela Bahia.
9 de setembro - Ofício
ao Senado, expressando pesar pelo assassinato, na véspera, de
Pinheiro Machado.
1916
10 de junho - Por decreto
do Presidente Venceslau Brás, é nomeado Embaixador Extraordinário
e Plenipotenciário para representar o Brasil no Primeiro Centenário
da Independência Argentina.
14 de julho - Pronuncia
na Faculdade de Direito de Buenos Aires a Conferência Conceitos
modernos de Direito Internacional, conhecida como O dever dos
neutros.
17 de setembro -
Pronuncia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro uma conferência
sobre a guerra.
1917
17 de março - Pronuncia
no Teatro de Petrópolis conferência a favor dos aliados.
26 de outubro - Discursa
no Senado sobre a declaração de guerra à Alemanha.
1918
11 de agosto - Início
das comemorações do seu jubileu cívico. Discursa na missa campal
realizada no Campo de São Cristóvão (Rio de Janeiro).
12 de agosto - Discursa
na Biblioteca Nacional, onde foi saudado por Constâncio Alves.
13 de agosto - Discursa
na manifestação popular realizada no Teatro São Pedro de
Alcântara.
Recebe do Ministro da
França, Paul Claudel, as insígnias de Grande Oficial da Legião de
Honra; do representante da Bélgica, a Grã-Cruz da Ordem da Coroa.
3 de dezembro - Recusa o
convite do Presidente Rodrigues Alves para chefiar a Delegação
Brasileira ao Congresso da Paz, em Versalhes.
1919
Quarta candidatura à
Presidência da República.
20 de março - Pronuncia
no Teatro Lírico (Rio) a conferência "A questão social e
política no Brasil".
8 de maio - Desliga-se da
Academia Brasileira de Letras.
6 de setembro - É
convidado pelo Presidente Epitácio Pessoa para representar o Brasil
na Liga das Nações.
Novembro e dezembro -
Excursiona pelo Estado da Bahia, apoiando a candidatura Paulo Fontes
ao governo do Estado.
1920
Recusa o convite para a
Liga das Nações.
Fevereiro, março e abril
- Escreve uma série de artigos jornalísticos contra o Governo
Federal, que, reunidos, são publicados sob o título O artigo 6º da
Constituição e a intervenção de 1920 na Bahia.
1921
Março - Paraninfo dos
bacharéis pela Faculdade de Direito de São Paulo. Redige a Oração
aos Moços, talvez sua mais bela peça oratória, lida pelo Professor
Reinaldo Porchat.
5 de junho - Reeleito
Senador pela Bahia.
29 de julho - Reassume a
cadeira de Senador.
14 de setembro - Eleito
juiz da corte Permanente de Justiça Internacional de Haia.
1922
18 de agosto - Sofre um
edema pulmonar, complicado com sintomas de uremia.
Setembro - Recebe a Grã
Cruz da Ordem de S. Tiago, das mãos do Presidente de Portugal,
Antônio José de Almeida, em visita oficial ao Brasil.
1923
11 de janeiro - Redige
em Petrópolis um "Manifesto à Bahia".
27 de fevereiro - É
vítima de paralisia bulbar.
1º de março
(tarde) - Morre em Petrópolis. São-lhe concedidas honras de Chefe
de Estado. O corpo é velado na Biblioteca Nacional e enterrado no
Cemitério de São João Batista, com grande acompanhamento popular,
em 4 de março.
Epitáfio escrito
pelo próprio Rui Barbosa para ser colocado em seu túmulo:
“Estremeceu
a Justiça; viveu no Trabalho; e não perdeu o Ideal”.
1949
Os restos mortais de Rui
são transferidos, no seu centenário, do Rio de Janeiro para o Fórum
Rui Barbosa, em Salvador, Bahia.
Sobre o
Acervo
O acervo que pertenceu a
Rui Barbosa compreende, além de sua imensa e preciosa biblioteca,
mantida no local original, seu arquivo documental sob a guarda do
Arquivo, peças de mobiliário, objetos decorativos e de uso pessoal,
e ainda viaturas.
Rui cuidava pessoalmente
da decoração da casa, que demonstrava a forte influência européia.
Objetos e móveis trazidos das suas viagens somavam-se aos objetos
adquiridos nos famosos magazines da cidade, como Mappin & Webb,
Casa Leonardos e Loja América e China.
Retrato de uma época
Os ambientes do Museu
permaneceram basicamente fiéis aos da casa, quando ocupada por seu
último proprietário. As pinturas, os lustres, tapetes e móveis
oferecem ao visitante uma visão do que era, na época, a residência
de uma família da classe média urbana em formação na sociedade
brasileira.
A decoração interior
traduz o ecletismo que dominou as artes no Brasil no final do século
XIX e início do XX, como reflexo de uma sociedade em transformação.
Ela pode ser apreciada através de uma visita virtual.
O automóvel Bens de Rui, placa 833, é um modelo especial, idêntico ao fabricado para o Príncipe da Baviera e tinha as iniciais RB gravadas nas portas |
Sobre a Fundação
Entrada da Casa Rui Barbosa. Ao fundo passagem para área de lazer muito utilizada por idosos e por babás que levam crianças para brincadeiras |
A Fundação terá como
finalidade o desenvolvimento da cultura, da pesquisa e do ensino
cumprindo-lhe, especialmente, a divulgação e o culto da obra e da
vida de Rui Barbosa (Lei 4.943, art 4º). A FCRB oferece um espaço
reservado ao trabalho intelectual, à consulta de livros e documentos
e à preservação da memória nacional. Conheça suas atividades
relacionadas à preservação e divulgação do legado de Rui Barbosa
e à formação, conservação e difusão de acervos bibliográficos,
documentais e arquitetônicos, com o apoio de laboratórios técnicos.
Conheça também os estudos e pesquisas (estudos ruianos, de política
cultural, história, direito e filologia e em cultura brasileira em
geral).
A Fundação Casa
de Rui Barbosa está situada em uma das poucas
áreas verdes do bairro de Botafogo, com cerca de 9.000 m², entre as
ruas Bambina e Barão de Lucena, próxima à estação Botafogo do
Metrô. Os visitantes têm à disposição estacionamento gratuito.
Fundação Casa de
Rui Barbosa
Rua São Clemente,
134
Botafogo 22260-000
Rio de Janeiro, RJ
Tel.: 21 3289-4600
A sede da Fundação está
aberta ao público de 2ª a 6ª feira, das 9 às 18h, mas alguns de
seus setores oferecem horários próprios:
Jardim:
Diariamente das 8 às 18h.
Museu: de 3ª a 6ª
feira, das 10 às 17h30. Na última 3ª feira do mês aberto até as
20h Aos sábados, domingos e feriados das 14 às 18h, com a última
entrada 30 minutos antes do fechamento. A taxa de ingresso é R$
2,00. Menores de 10 anos e maiores de 65 anos não pagam ingresso.
Entrada franca aos domingos. Veja o calendário de funcionamento do
museu.
Biblioteca e
arquivos: 2ª a 6ª feira, das 9 às 18h, com a última
entrada 45 minutos antes do fechamento.
Biblioteca
infantil: 2ª a 6ª feira, das 9h30 às 12h e das 14 às 17h.
Eventos culturais:
Os horários da programação devem ser confirmados em agenda de
eventos.
Nota: Dados e fotos
(charges) retirados do site da Fundação Casa de Rui Barbosa (Clique aqui).
Wikipédia,
pensador.uol
Por Luiz Augusto Moura
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