Um dos mais originais caricaturistas brasileiro do inicio do século XX. O humor, a rapidez e a clareza de seus traços assinalam as mudanças de comportamento e costumes ocorridas, à época, no Rio de Janeiro.
Ao longo de sua carreira J. Carlos, com suas charges, faz a crônica do processo de urbanização da capital carioca e dos seus efeitos sociais. O motivo das charges de J. Carlos é o carioca, seus hábitos e seu entorno. Seus desenhos são testemunhas do surgimento do chope, da fotografia, telefone, o samba, o bonde elétrico, do automóvel, do cinema, do avião, da cultura do futebol, da praia e do carnaval, e no campo político, a República Velha, a Revolução de 30, o Estado Novo e as duas Guerras Mundiais. Sua crônica visual retrata tanto os hábitos afrancesados das classes mais favorecidas, como os chás da tarde na Confeitaria Colombo, como o nascimento da cultura do morro, a disseminação das favelas e a sobrevivência da cultura carioca do Rio antigo no bairro da Lapa.
O documentário "J. CARLOS - a figura da capa" foi dirigido pelo jornalista José Brito Cunha, um dos bisnetos do artista. O projeto durou seis anos até ser exibido no Canal Futura em fevereiro de 2009, ano em que o caricaturista foi enredo da escola de samba Acadêmicos da Rocinha. O filme retrata a vida e obra de José Carlos de Brito e Cunha e sua contribuição para a imprensa brasileira durante a primeira metade do século XX. Além de manifestar opinião e crítica com o traço, J. Carlos também influenciou alguns hábitos e modismos da época.
A entrevista está disponível no link abaixo:
Priscila Correa
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