O artista e a sua matéria prima |
Que carioca nunca foi na Lapa e deu uma passadinha para conhecer a
obra prima de Selarón?
A escadaria, que antes era suja e mal conservada, virou cartão postal
após passar nas mãos do artista chileno. Afinal o rio não é feito só
de praia. A arte também está presente no cenário carioca.
Obra concluída |
Inspiração de selarón
Ceramista e pintor autodidata, Selarón participou de inúmeras
exposições na Europa, México, Nova York, Índia e Panamá, antes de
radicar-se no Brasil, em 1990. A ideia de ornamentar a escadaria
surgiu por ocasião da Copa do Mundo de 1994, momento que Selarón achou
propício para homenagear o país tetracampeão que havia escolhido para
morar (e no qual viveria por mais de vinte anos, até seu falecimento,
Ele decorou cada degrau com telhas recicladas, azulejos de cerâmica e
espelhos, materiais que encontrava próximos a construções na cidade.
"Para mim, as escadas são como uma mulher que nunca está satisfeita.
Assim que se inclui uma peça nova, ela quer uma nova, e uma nova.
Tornou-se mimada, sempre querendo telhas novas, mais atenção e
admiração", disse Selarón certa vez.
O artista (como se estivesse se despedindo) e sua obra |
Morte de Selarón:
Selarón estava sofrendo ameaças, dois meses antes da sua morte. Andava
inseguro e depressivo. Ele foi encontrado morto, na manhã do dia 10 de
janeiro de 2013, sobre sua obra prima. O corpo foi queimado,
principalmente no rosto e ombros. Ao lado da cena do crime foi
encontrado uma lata de solvente inflamável e um isqueiro. A morte do
artista causou comoção no mundo inteiro. Mas ele ainda estará vivo em
cada azulejo da escada mais famosa da Lapa.
Por Daiane Carvalho 20122144
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