terça-feira, 30 de setembro de 2014

Toca do Vinicius: um Espaço em Ipanema dedicado à Bossa Nova

A Toca do Vinicius, um espaço dedicado ao melhor da Bossa Nova, do MPB e do Samba com discos, livros e camisas, local onde ainda se encontram discos de vinil para a venda.

Carlos Alberto é educador e nunca imaginou na vida que um dia teria um espaço dedicado aos livros e à música, tanto que mais jovem chegou a estudar para ser diplomata. Me contou também que no inicio de 1993 o compositor Ronaldo Boscoli o convidou para um projeto: criar a “Casa da Bossa Nova”, que iniciou com o nome “Toca da Bossa Nova”. Em agosto do mesmo ano Vinicius de Moraes faria 80 anos, e o Jornal do Brasil fez uma campanha SOS Vinicius visando homenageá-lo porque ninguém queria fazê-lo. Ele então montou um stand na Bienal do Livro só com livros dele.

No dia 27 de setembro de 1993 conseguiu realizar seu sonho, abrir a Toca da Bossa Nova. Em 1997 recebeu uma doação do cearense Joaquim Campos que era dono de um restaurante em Ipanema o Pizzaolio, ele fazia gravações das mãos de pessoas famosas, seu amigo Reinaldo Jardim (jornalista, poeta, radialista e teatrólogo falecido em 2011) teve uma ideia de que se em Hollywood havia a calçada da fama, porque Ipanema também não poderia ter a sua calçada da fama?

As 19 primeiras placas ainda foram gravadas no Pizzaiollo então, Carlos Alberto comprou as 19 placas, criou um projeto especial para elas e mudou o nome para CALÇADA DA FAMA DE IPANEMA, tendo gravado, já na Toca do Vinicius, até o presente, outras 87 placas, dentre as quais, Oscar Niemeyer, Chico Buarque, Zico, Bellini, Henri Salvador, Carlos Lyra, Roberto Menescal entre outros. Para evitar usos comerciais, Carlos Alberto registrou a marca Calçada da Fama de Ipanema.


A Toca possui um pequeno museu onde se encontram as placas e outras relíquias, que no momento se encontra em obras e fechado a visitação.

A Toca promove shows ao ar livre, em frente à loja, (eu já assisti a um show muito agradável, que se não me engano era Leny Andrade, em que havia um piano e banquinhos para as pessoas assistirem), e promoveu um congresso falando sobre MPB com 30 horas de duração no colégio Notre Dame em Ipanema.



Priscila Arrochellas

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